segunda-feira, 22 de junho de 2009

6 curiosidades sobre Pipim, o pinguim.




Aproveitava para agradecer as manifestações de simpatia pelos livros do Pipim que tenho recebido de muitos leitores, educadoras e professoras.
Muito obrigada a todos pelo vosso entusiasmo, que só aumenta a minha motivação.

1. No primeiro livro, A Grande Viagem, existe um peixe escondido nas ilustrações. Podemos encontrar um nas nuvens da primeira ilustração. Nas seguintes pode estar no gelo ou camuflado entre as ondas.

2.
Ao ilustrar o encontro do Pipim com os pescadores em A Grande Viagem, apercebi-me que não sabia qual era a forma de um bacalhau na natureza, no mar. Apenas sabia reconhecer o bacalhau salgado ou as postas que me apareciam no prato. Então, para que as crianças possam ter uma ideia da forma deste peixe no meio ambiente, representei um bacalhau, mas também um salmão e um atum.

3.
O nome Pipim foi escolhido com a ajuda da minha filha Ana. Com dois anos de idade, ela tinha um pinguim de peluche. Como estava a aprender a falar, não conseguia dizer correctamente a palavra pinguim. Chamava o seu peluche de pinim, pingum, pingling… De entre as diversas tentativas, escolhi Pipim. Espero que gostem!

4.
Quando o Pipim precisa de ajuda para pensar, come um peixe e, rapidamente, tem uma boa ideia para ajudar os amigos! Imaginei este pormenor a partir das tentativas de motivar o meu filho Pedro, entre os três e os quatro anos, a gostar de comer peixe. Eu e a mãe, dizíamos-lhe que devia comer pois tinha Ómega 3, que ajudava a pensar e a ter ideias! E o Pedro tinha logo boas ideias, como, por exemplo, mudar as lâmpadas do candeeiro da sala que estavam fundidas!

5.
Alguns meninos que já leram o Pipim, gostam muito da mochila, do cachecol e do gorro colorido. Alguns até acham que eu devia acrescentar umas luvas! É uma bela sugestão! Inicialmente, quando acabei de escrever a história de A Grande Viagem, o Pipim não tinha nem gorro nem cachecol. Apenas a mochila. Já estavam realizadas três ou quatro ilustrações, quando entendi que ainda faltava alguma coisa ao pinguim. Depois de muitas tentativas, finalmente escolhi um gorro e um cachecol. Posteriormente foram ambos pintados por cima das ilustrações entretanto concluídas.

6.
Comecei a escrever a primeira história do Pipim, um pouco antes do Natal de 2005. Foi entregue ilustrado, nas edições Gailivro, em Setembro de 2006 e chegou ao mercado em Março de 2009! Passaram mais de três anos desde o momento em que comecei a escrever e dois anos e meio depois de o ter deixado na editora! Demorou muito tempo!

domingo, 24 de maio de 2009



"Terceiro volume da compilação de anedotas, o livro de Tiago Salgueiro agrupa um conjunto de narrativas de tamanhos e estilos diversos onde se combina o humor e o futebol. O carácter anedótico dos textos aqui reunidos resulta quer do nonsense, quer das situações apresentadas, algumas verosímeis e que parecem decalcadas de realidades próximas. As ilustrações de Elsa Navarro e José Saraiva sublinham a dimensão humorística dos textos e asseguram uma coesão visual e gráfica a um livro que agrupa textos muito diferentes."

Ana Margarida Ramos
in CASA DA LEITURA, Fundação Calouste Gulbenkian




"(...) Num artigo publicado na edição de Janeiro da nossa revista, vários entrevistados diziam que nem toda a gente pode escrever livros para crianças. Ora, Tiago Salgueiro prova, com "Um Dragão na Banheira" que não só pode como deve.
(...) Com boa apresentação, uma história simples, imaginativa e um óptimo sentido de humor, este dragão merece o seu lugar na banheira de cada casa."

In revista Os meus livros, Março de 2005

 
 

"Um dragão na banheira revisita um dos motivos mais recorrentes do universo literário – a evocação do dragão como monstro que aterroriza –, ainda que, neste caso, a figura em questão não surja como oponente do herói, mas como companheiro e cúmplice de aventuras e brincadeiras. Aliás, a subversão dos paradigmas das histórias de dragões é levada ainda mais longe: o cavaleiro foi substituído por Ana, uma menina pequena que, em vez de lutar contra o dragão, tem que o proteger de várias ameaças. As ilustrações de José Saraiva reforçam o cariz alternativo com a sua representação do dragão. Mantêm-se, como traços identificativos do ilustrador, a sugestão de proximidade com o traço infantil, a preferência pelas formas quadradas e rectangulares, que substituem mesmo elementos tradicionalmente circulares, a utilização frequente do padrão quadriculado que é utilizado na decoração de inúmeras formas, o recurso ao lápis de cor e a promoção de uma certa indefinição ou esbatimento entre as diferentes áreas que não surgem claramente delimitadas."



Ana Margarida Ramos in CASA DA LEITURA, Fundação Calouste Gulbenkian






Os meus primeiros dois livros. O meu Urso foi dedicado ao meu filho Pedro.

Um amigo gorila,
ilustrado por Elsa Navarro
"Colocado na voz de uma criança, o discurso desta narrativa breve em formato de álbum cativa o leitor que, com facilidade, se vê envolvido numa história nascida de um conjunto de formulações hipotéticas que têm no seu centro um gorila. Com uma boa dose de humor e num registo simples e muito próximo do potencial receptor, relata-se uma sucessão de episódios que denunciam a ligação afectiva de um narrador infantil ao referido animal. As ilustrações, em cores vivas e em página dupla, recriam os principais espaços que servem de cenário à acção, bem como os seus momentos mais importantes, alargando frequentemente os seus sentidos, pela adição de detalhes quase sempre divertidos."

Sara Reis da Silva in CASA DA LEITURA, Fundação Calouste Gulbenkian